Saúde é vida, cidadania,
direito elementar dos seres humanos, em qualquer parte do mundo. Não podemos
comprá-la no mercado, optando conscientemente por ficar ou não ficar doente,
decidir quando, como e com que recursos resolveremos nossos problemas. A presença
do Estado é fundamental nas diferentes faces do processo saúde-doença: na
promoção, prevenção e na atenção à saúde pública. Em Santa Catarina o tema
saúde nas últimas décadas é o mais lembrado pela população, infelizmente não
pela qualidade, mas em geral pela má qualidade no atendimento; além da
dificuldade no acesso aos serviços. Um Estado que tem uma das economias mais
destacadas do país não pode ser negligente com esta situação.
Um
governo que se propõe a superar esse quadro deverá adotar medidas de ampliação
da capacidade de resolução dos seus serviços, com destaque para a regulação e
controle dos mesmos. Tais medidas, com adequado aporte financeiro e efetiva
participação da comunidade catarinense, devem garantir o cumprimento dos
princípios de universalidade do acesso, integralidade das ações e equidade
previstas na Constituição e no Sistema Único de Saúde.
É
necessário sim ampliar os recursos destinados à saúde, mas precisamos primeiro
revisar o plano diretor de regionalização, redefinindo estratégias de regulação
de forma regionalizada, ampliando a equidade e ajustando a oferta às
necessidades de saúde identificadas por indicadores epidemiológicos,
demográficos e de demanda. Transformando as regionais de saúde em polos
autossuficientes de resolutividade no atendimento à demanda.
As
diferentes regiões precisam ser dotadas de estruturas de realização de exames
auxiliares de diagnóstico, evitando ou diminuindo os transtornos e custos dos
deslocamentos. O Estado deve assumir diretamente seus compromissos, fazendo a
gestão dos hospitais públicos regionais e do Samu, colocando fim as
terceirizações.
Os
hospitais de pequeno porte, que atendem principalmente os pequenos municípios,
devem ser parceiros estratégicos através de uma política de contratualização
por metas e vocacionamento. É preciso dar apoio aos municípios para contratação
de profissionais especialistas, em especial as regiões com menores índices de
IDH e menores PIB/ per capita. E para isso é necessário ampliar a formação de
novos profissionais, e a UDESC deverá assumir parte da tarefa de diminuição da
deficiência de profissionais no estado.
Fonte: Renova Santa
Catarina
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