quarta-feira, 2 de março de 2011

Audiência Pública no bairro São Judas revela intenções
José Isaías Venera10:57 0 comentários

por Davi Coelho – residente na Adolfo Cugnier, 157 - Ressacada
Nesta noite de terça-feira (01/03) aconteceu no salão paroquial da Igreja do São Judas a Audiência Pública com a maior presença de moradores até o momento, segundo o secretário municipal de Urbanismo, Paulo Praun. 
Às audiências referentes à nova lei de zoneamento, determinada pelo Estatuto das Cidades e organizadas pela prefeitura, têm oportunizado à comunidade a participação e discussão sobre o futuro da cidade, certamente não implica que às críticas e sugestões sejam acatadas quando da aprovação da nova lei.
Moradores do bairro São Judas, Vila, Dom Bosco e Ressacada estavam presentes, porém chamou a atenção a grande e ativa participação dos moradores da Ressacada. Até mesmo porque diariamente sentem a crise de mobilidade que atinge o bairro. Alguns moradores relataram que levaram quase meia hora para atravessar a contorno sul e chegar ao local da reunião.
A quantidade de moradores e a qualidade das intervenções demonstram que a participação da comunidade, o debate, a troca de experiências, o engajamento daqueles que vivenciam os problemas do bairro são fundamentais para encaminhar soluções adequadas.
A experiência destas audiências e o alto nível dos debates apenas reafirmam a necessidade imperiosa de dar continuidade ao processo de discussão e participação popular até a aprovação da nova lei. Seria desastroso que o final desse processo fosse decidido apenas por uma minoria de “representantes” de setores da sociedade. Todos sabem os interesses que estão em jogo e o peso do poder econômico em detrimento dos interesses da coletividade.
O fator mais inquietante observado nesta audiência foi a participação organizada de grupos de interesses vinculados a grandes empreendimentos imobiliários e o apoio logístico de integrantes do atual governo. Ficou visível a defesa feita por alguns cargos comissionados do governo defendendo a livre construção de grandes edifícios na Ressacada, enquanto os moradores de forma incisiva demonstravam que o bairro não comporta mais essas construções.
Tivemos algumas intervenções de cargos comissionados defendendo, em nome do “progresso”, a liberação de grandes empreendimentos imobiliários na ressacada, porém, a mais patética foi a infeliz intervenção do Sr. Maninho, coordenador comissionado de um programa da prefeitura, morador do Bambuzal e escalado para participar de todas as audiências,  ao afirmar que “Aquele morador da ressacada que não ficar satisfeito com a construção de um edifício ao lado da sua residência que mudasse para outro lugar”. Sugiro aos iluminados da prefeitura que escalem pessoas mais qualificadas para cumprir essa ingrata tarefa. Por outro lado os moradores da ressacada, terminada a audiência, já iniciaram o processo de organização que a questão requer.
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